No Brasil, os concursos de beleza sempre foram um evento de grande importância cultural, especialmente o Miss Brasil, que se tornou um fenômeno nas décadas de 60 e 70, rivalizando apenas com a cobertura dos jogos da seleção brasileira. Desde sua primeira edição em 1954, muitas misses não apenas conquistaram coroa, mas também se destacaram nas artes, como Vera Fischer, que foi Miss Brasil em 1969 e se tornou uma das atrizes mais queridas do país. Outras, como Suzi Rego e Grazi Massafera, seguiram caminhos similares, consolidando carreiras de sucesso após suas vitórias.

Entretanto, a história do Miss Brasil também é marcada pela perda de grandes ícones. Fabiane Niklot, que venceu em 2004, teve uma trajetória trágica, falecendo em 2016 após lutar contra a depressão. Marisa Fuli Coelho, Miss Brasil em 1983, morreu em um acidente de carro em 1998, enquanto Cátia Moreto, coroada em 1976, perdeu a vida em decorrência de um câncer em 2013. A beleza e o talento dessas mulheres deixaram um legado duradouro, mas suas histórias também revelam um lado sombrio e desafiador da fama.

Nos últimos anos, o Miss Brasil se adaptou às mudanças sociais, permitindo que mulheres casadas e mães participem do concurso. A atual Miss Brasil é Luana Cavalcante, que faz história como a primeira representante pernambucana a conquistar o título. Apesar das transformações, a lembrança das misses que nos deixaram é um tributo à beleza e à luta de mulheres que, mesmo após suas partidas, continuam a inspirar novas gerações.

Essas histórias de vida, repletas de glamour, mas também de desafios, ressaltam a complexidade do mundo dos concursos de beleza, onde a luz dos holofotes pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição. Ao relembrar essas figuras icônicas, o Brasil celebra não apenas a beleza, mas também a resiliência e a força de suas misses.