José Wilker, um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira, faleceu em 5 de abril de 2014, deixando um legado indelével nas artes cênicas. Nascido em Juazeiro do Norte, Ceará, em 20 de agosto de 1944, Wilker se destacou como ator, diretor e crítico de cinema, construindo uma carreira que abrangeu mais de quatro décadas e várias gerações de espectadores.
Iniciou sua trajetória no mundo do entretenimento aos 13 anos, em Recife, e, após se mudar para o Rio de Janeiro em 1964, rapidamente conquistou seu espaço nas telonas e telinhas. Seu primeiro grande papel na televisão foi na telenovela “Bandeira 2”, em 1971, onde interpretou Zelito, um dos filhos do bicheiro tucano. A partir de então, sua carreira deslanchou, com papéis memoráveis em produções como “Gabriela”, “Roque Santeiro” e “Senhora do Destino”.
Wilker não apenas atuou, mas também dirigiu e escreveu, contribuindo para o crescimento da teledramaturgia brasileira. Sua paixão pelo cinema o levou a acumular uma vasta coleção de filmes, e ele se tornou uma voz respeitada na crítica cinematográfica, comentando sobre produções na TV e dirigindo programas especiais.
Em sua vida pessoal, José Wilker viveu relacionamentos marcantes e teve duas filhas. Contudo, sua partida repentina, devido a um infarto fulminante, deixou uma lacuna imensa na indústria do entretenimento. Ele estava acompanhado de sua namorada, Cláudia Montenegro, no momento de sua morte.
Seu corpo foi cremado e suas cinzas repousam no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro. Mesmo após sua morte, Wilker continuou a impactar o público; suas últimas obras, como o filme “O Duelo” e a animação “As Aventuras do Pequeno Colombo”, foram lançadas postumamente, perpetuando seu legado. Assim, José Wilker permanece na memória coletiva, não apenas como um artista, mas como um ícone cultural brasileiro.